quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Lazer é a saída para aumentar vendas da Qualcomm

Lazer é a saída para aumentar vendas da Qualcomm
Ivone Santana(isantana@brasileconomico.com.br)
06/01/10 15:49


Tradicional fornecedora de chips de telefonia celular, empresa estreia em console de jogos da Zeebo, lançado pela Tectoy.


A Qualcomm garantiu uma fatia no mercado de entretenimento com o Zeebo, console de jogos lançado no Brasil pela Tectoy e que usa o processador da americana.

O usuário baixa o jogo pela rede de terceira geração (3G), cuja conectividade é provida pela Claro.

"Embarcar 3G em outras coisas que não sejam celulares, smartphones e modems é algo que a Qualcomm tem procurado cada vez mais e é uma tremenda oportunidade de negócios", afirma o diretor corporativo e geral da Qualcomm para o Brasil, Paulo Breviglieri.

O potencial de aplicações é imenso e ainda sequer foi medido, diz o executivo, que aponta o uso do chip em outros dispositivos de eletrônica de consumo, como o leitor de livros eletrônicos Kindle, da Amazon, cuja conexão é por rede 3G, e produtos médicos, entre outros.

Nos Estados Unidos, a clínica Cardionet faz remotamente a medição de batimentos cardíacos de pacientes e recebe os dados em tempo real via 3G, afirma Breviglieri.

Outra oportunidade vem com a obrigatoriedade no Brasil de os veículos saírem de fábrica com dispositivo de localização.

Frequência é como oxigênio

A venda de chips, sem dúvida, é o carro-chefe da empresa, pois representa 60% da receita. O restante é dividido entre licenciamento da tecnologia ou royalties (de 30% a 35%) e serviços (5% a 10%).

Daí a batalha da americana para encurtar o prazo para liberar a frequência de 2,5 GHz, em poder das empresas de TV por assinatura que utilizam a tecnologia MMDS (via rádio), e possibilitar a evolução para a quarta geração (4G) por meio da tecnologia Long Term Evolution (LTE).

"O Brasil não podia ficar de fora desse movimento, por isto trabalhamos muito para que se propusesse a alocação de frequência e redestinação desta faixa para serviços móveis."

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já encaminhou o assunto, que passou por consulta pública e deverá ser concluído no início de 2010.

"Nossa preocupação agora é que isso aconteça o mais rápido possível, porque existe um trâmite regulatório e levará algum tempo até que essas frequências possam ser licitadas."

Para Breviglieri o processo tem que começar logo porque as operadoras precisarão de mais frequência em 2011 ou 2012.

Antes disso, terão de atualizar suas redes para aumentar a capacidade. A saída é a tecnologia HSPA+, que aumenta a velocidade das redes de terceira geração e dá um fôlego provisório. A Claro já anunciou o investimento.

Lucro preservado

Apesar dos altos e baixos da economia mundial e da preferência do setor de telecomunicação por uma ou outra tecnologia empregada nos serviços móveis, a Qualcomm tem conseguido sobreviver sem apertos financeiros. Registrou lucro no ano fiscal de 2009, mesmo sendo a metade de 2008, e queda de 7% na receita. Mas os investidores da empresa são pacientes.

Donos das patentes da tecnologia CDMA e suas evoluções para terceira geração (3G) e acima, eles tiveram uma fase de diminuição no volume de vendas de chipsets (conjunto de circuitos integrados) durante o domínio do GSM em vários países. Mas a construção das redes 3G recolocou a Qualcomm em um cenário mais promissor, pois as três tecnologias 3G existentes são baseadas em CDMA: WCDMA, EV-DO (CDMA 2000) e TD-SCDMA.Portanto, consegue auferir receita das três linhas.


Agora se abre uma nova perspectiva de negócios, com a utilização de seu chip em entretenimento.

Fonte : http://www.brasileconomico.com.br/noticias/nprint/74458.html

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